quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O esvaziamento dos partidos políticos.


As eleições presidenciais foram pouco politizadas. O PSOL, único partido, que ainda tem um traço mais ou menos ideológico, e mesmo assim elegeu como deputado do Rio de Janeiro, um ex-big brother, uma coisa é votar no Chico Alencar, outra, é votar num ex-big brother. Esse é um sinal de que nem o PSOL é um partido propriamente coerente, a ampla representatividade petista na Câmara Federal não sinaliza que o Brasil esteja mais à esquerda ou ao centro. Essas eleições contribuíram ainda mais para o esvaziamento dos partidos políticos. Estou, cada vez mais convencido de que realmente existe como partido político no Brasil são as bancadas do Congresso. Quero ler as análises quando formos ver a composição das bancadas ruralista, evangélica, do esporte, da polícia".

O voto dos evangélicos e de alguns católicos terá um peso significativo na decisão do segundo turno e a polêmica em torno do aborto. A novidade desta eleição foi o percentual de votos dados à candidata do PV, Marina Silva, embora ela defenda que sua candidatura à presidência da República tenha sido um equívoco neste momento. Ela chamou o presidente da Natura para ser seu vice, elogiou a política econômica de Henrique Meirelles e tirou o foco das grandes questões políticas; apenas a tintura verde a diferenciou dos outros candidatos.

As informações foram de má qualidade seja na campanha eleitoral dos candidatos, seja na televisão. Isso foi um desserviço à informação.

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